Fardamento hospitalar: a importância da uniformização, da cor, estratégias para uma clara distinção entre profissionais no CHUSJ

  • 15 fevereiro 2021, segunda-feira
  • Roupa

No Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), na cidade do Porto, privilegiamos a uniformização da marca e a sua identidade como veículo de perceção dos seus valores, da sua atividade e do seu profissionalismo.

Esta identidade não surge apenas nos cartazes, no economato ou na televisão, mas também no vestuário e acessórios que os funcionários exibem dentro da instituição.

O vestuário profissional em âmbito hospitalar (fardamento), que era considerado um bem menor, representa um cartão de visita de uma instituição. O fardamento comunica e, desta forma, é visto como um meio de comunicação.

Com a inexistência do fardamento uniformizado, o caráter não obrigatório, a dificuldade de distinção e reconhecimento dos diferentes profissionais pelos utentes e visitas, e a ausência de um regulamento de uso do vestuário, tornou-se crucial, a quem chegasse a este hospital, que fosse recebido por alguém bem identificado, que não houvesse dúvidas e que respeitasse a imagem da grande instituição. O fardamento revelaria claramente a função desempenhada em determinada atividade.

A lista focou-se em duas áreas distintas às quais demos a maior importância e atenção: a área clínica (médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares), e área administrativa/porteiros/seguranças.

Vejamos: na área clínica os uniformes eram todos iguais - o branco predominou sempre - confundindo muitas vezes os utentes, que não sabiam se teriam sido atendidos por um médico, pela enfermeira ou até por um assistente operacional. Optou-se por uma túnica de gola em V, com um bolso ao peito com o logotipo bordado a branco, e dois bolsos de cada lado da túnica, e a calça em material de longa durabilidade e resistente, confortável e adequado às tarefas desempenhadas.

A solução passou por diferenciar cada uma destas categorias em quatro cores distintas, cada uma com significância cromática e apelativa.

A cor azul, pela associação à ordem e à paz, e por ser menos expansivo aos olhos, foi adequada à farda dos enfermeiros. A cor verde escuro aos médicos, pela proximidade com a cor azul e à proximidade profissional com os enfermeiros. Para os assistentes operacionais a cor mostarda, de forma a distanciar-se das categorias anteriores, uma cor quente e energética, associada ao sol. E a cor bordeaux, uma variação da cor vermelha, para maior empatia na relação dos técnicos com os utentes e demais profissionais.

Para a área administrativa/ portaria, cuja função maior é o atendimento ao público, optou-se por calça e blazer cinza escuro, clássico, cujo modelo feminino é cintado, camisa branca com logotipo bordado ao peito, lenço com padrão para as senhoras, e gravata para os homens.

A evolução do estilo deste tipo de vestuário profissional tornou-o mais simples e prático, exigindo da indústria têxtil a sofisticação dos materiais, e soluções técnicas e inovadoras no que diz respeito às propriedades antibacterianas, repelentes e ergonómicas.

A recetividade por parte dos profissionais foi boa e de admiração. A utilização de cariz obrigatório revelou conceitos que se estabeleceram no novo fardamento, tais como a segurança, a proteção, a higiene, e até a distinção e a promoção.

Mas, não só quisemos dar importância ao vestuário profissional como quisemos uniformizar a rouparia do doente, que vai desde o vulgar pijama, o roupão, passando pelos lençóis, cobertores, até às toalhas de banho e rosto. Nestas peças, o ponto chave foi optar por cores neutras e claras, pela qualidade duradoura dos materiais e conforto das peças para os utentes. O logotipo apresenta-se, naturalmente, em cada uma das peças, bordado ou num padrão.

Desta forma, acreditamos que a nossa marca, a nossa reputação e a passagem pelo nosso hospital será recordada com satisfação, não só pelos cuidados prestados como pela própria estadia.

O fardamento (funcionários) e a rouparia (utentes), pertencendo a um capítulo integrante do manual de identidade e visual da instituição, não só fortalece o espírito corporativo como transmite uma imagem mais forte, coesa e moderna da marca na nossa comunidade: Somos São João.

Antónia Guerra

Designer de Comunicação do CHUSJ

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