Alimentos com menos 11% de sal e açúcar em três anos.
Em três anos houve uma redução de cerca de 11 por cento de sal e açúcar em alguns produtos alimentares, segundo os resultados do processo de reformulação dos produtos alimentares em Portugal agora divulgados.
De acordo com os dados revelados a 15 de fevereiro numa sessão no Infarmed, os produtos alimentares abrangidos pelo Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, da Direção-Geral da Saúde (DGS), e pela Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável – batatas fritas e outros snacks, cereais de pequeno-almoço, pizas, iogurtes e leites fermentados, leite achocolatado, refrigerantes e néctares – registaram, naqueles três anos, uma redução de 11,5 por cento e 11,1 por cento de teor de sal e açúcar, respetivamente.
Essa redução foi, no total, de menos 25,6 toneladas de sal e menos 6.256,1 toneladas de açúcar, segundo uma nota de imprensa da DGS sobre os resultados.
“O teor médio de sal dos produtos abrangidos passou de 1,14g [gramas] por 100g em 2018 para 1,01g por 100g em 2020” e “o teor médio de açúcar passou de 7,46g por 100g para 6,36g por 100g”, detalha-se na mesma nota.
“Cerca de 50 por cento das categorias de produtos alimentares em análise atingiram ou ultrapassaram” as metas definidas.
A DGS destacou que três das categorias – refrigerantes, leite achocolatado e iogurtes – “já atingiram a meta de redução definida para o ano de 2022” no que respeita ao açúcar e que duas das categorias – cereais de pequeno-almoço e pizas – conseguiram o mesmo para o teor de sal.
O processo de reformulação dos produtos alimentares é um compromisso entre o Estado e as principais associações do setor alimentar, a Federação das Indústrias Portuguesas AgroAlimentares, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição e outras.
Na sessão de apresentação, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, destacou que os “progressos” resultaram de uma “estreita colaboração” das associações representativas da indústria alimentar e de distribuição, às quais agradeceu o “empenho”.
Sublinhando que a melhoria do perfil nutricional dos alimentos “é determinante para melhorar a saúde e a qualidade de vida”, Graça Freitas recordou que “o consumo excessivo de sal é um dos maiores riscos de saúde pública em Portugal”.
A responsável realçou também que atingir as metas definidas é possível “independentemente da condição socioeconómica” dos consumidores, sendo também uma forma de “combater as desigualdades em saúde”.