As potencialidades e os desafios da Gestão de Resíduos na Gestão Hospitalar

Na Gestão de Resíduos em Hospitais, e outras unidades de saúde, tem vindo a ser desenvolvido, ao longo destes mais de 20 anos, por diversos agentes e atores, um importante trabalho, com uma evidente evolução positiva, na atividade e nas soluções e operações de gestão de resíduos hospitalares (como a triagem, o acondicionamento, o transporte, o tratamento). Para este trabalho contribuem os profissionais de saúde das várias instituições e organismos públicos e privados, através de “boas práticas na gestão e resíduos hospitalares”.
As funções dos profissionais de saúde relacionam-se direta ou indiretamente com os resíduos, seja no caso das administrações hospitalares e dos serviços hoteleiros em particular, mas também no dos enfermeiros, auxiliares de ação médica, técnicos de diagnóstico e médicos, bem como dos técnicos de ambiente e saúde. A maioria partilha um sentimento de que a melhoria tem de ser contínua.
Apesar do tanto que já foi feito, será de salientar a margem de progressão que existe atualmente, com um potencial significativo para ações na gestão de “antigos resíduos” que incluam “novos desafios”. É o caso dos resíduos orgânicos, resíduos de embalagem de alimentação de diversos materiais que se encontram, já há vários anos, a ser devidamente triados na origem e enquadrados nas respetivas fileiras de resíduos, para encaminhar para valorização, como o plástico, os metais o vidro e o cartão.
Desafios
Vivemos numa época marcada pela perceção, sensibilidade e o conhecimento dos factos relacionados com as alterações climáticas, com os excessos cometidos no consumo de recursos e na produção de bens para descartar (sem reutilizar ou reciclar), e com as emissões que todos esses “excessos” têm provocado ao longo dos anos. É, por isso, reconhecida a pertinência da alteração do paradigma do consumo, da utilização dos recursos, das emissões, e do desperdício e resíduos inerentes, que reflete a necessidade de se percorrer um caminho de transição para uma Economia Circular (transitando de processos lineares para outros tendencialmente mais circulares), Descarbonização (Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050), e mitigação das Alterações Climáticas. (...)
Artigo completo na Hotelaria e Saúde nº16 jun/dez 2019
Ana Teresa Santos, consultora em áreas como os resíduos
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